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Esse mês estamos resgatando os sonhos de mulheres, sonhos que não devem ser deixados nunca de lado. Sonhos que devem ser exaltados e retirados do papel. E essa história que você está prestes a ler, fala sobre uma mulher forte, que encara a vida de frente, uma mulher cheia de sonhos e objetivos assim como eu e você.

É uma falácia dizer que é fácil ser empreendedora, são duplas jornadas, mercado competitivo e muitas vezes é necessário lidar com investidores que colocam em cheque a sua capacidade. Porém, com todos os obstáculos, esse pode ser um caminho enriquecedor.

Alguns dos passos mais importante na trajetória do empreendedorismo é entender quem você é, o que você quer e onde pretende chegar, reconhecer a si mesma, falar todos os dias que você é capaz, traçar um linha do seu futuro, encontrar nas curvas da sua história algo que te faz sentir realizada e ver nesse algo uma oportunidade – essa oportunidade é um pedaço do que você é, que será doada para outras pessoas que necessitam desse serviço e que o julgam, por algum motivo, importante.

Foi assim que a nossa protagonista Ana Maria Brum, designer, modelo plus size e fundadora da Brum Curvy, começou a tirar seus sonhos do papel: doando um pouco da sua história e de quem ela é para outras pessoas.

É sempre importante lembrar: dois dos segredos mágicos para o negócio é força de vontade e paixão pelo que se faz.

Quando Brum foi convidada pela segunda vez para se agenciar como modelo plus size, ela viu a oportunidade como um sinal e uma mensagem. Começou a trabalhar como modelo e no dia a dia percebeu a dificuldade que provavelmente muitas mulheres também enfrentavam.
“Conhecendo o mercado e vendo como as coisas funcionavam eu resolvi criar uma marca para vender roupas para as mulheres que têm dificuldade de encontrar roupas com pegadas de moda, de qualidade e com referências fashionistas”, diz Ana.

A MODA NÃO DEVE SER UMA REDOMA EXCLUSIVISTA

Ao criar a Brum Curvy, Ana criou mais que uma marca. Criou, no meu ponto de vista, um manifesto que diz: a moda não deve ser uma redoma exclusivista onde alguns têm acesso, mas outras pessoas se veem sem opções.

Brum reconheceu sua trajetória e ao olhar para o mercado viu nele uma grande lacuna, um espaço que precisa ser preenchido com qualidade. Se aventurar no mundo do empreendedorismo, segundo ela, não foi fácil, mas com a bagagem que já tinha no mundo da moda, dos negócio e publicidade, a Brum Curvy tomou formas, curvas e um rumo.
“Começar um negócio próprio sem um capital inicial relevante é muito difícil. Eu comecei comprando algumas peças e apresentando e vendendo para alguns conhecidos. Quando percebi que o negócio estava se tornando requisitado, criei um site e usei meu know-how como designer gráfico para trabalhar as mídias sociais, além de participar de eventos e buscar parcerias” -Ana Maria Brum

DUAS PERGUNTAS PARA BRUM

Kawis: Ana, você pode deixar uma dica para as mulheres que desejam empreender?

Ana Maria Brum: Olha, não é fácil. Não é fácil para ninguém, mas nunca desista. As pessoas que chegaram em algum lugar foram as pessoas que persistiram. Se você tem um sonho, se você acredita no seu potencial e se você trabalha duro para isso acontecer, você vai ser enxergado.

Outra dica é nunca deixar de falar com pessoas que entendem de assuntos que podem te ajudar de alguma forma dentro do seu empreendimento. Se a sua dificuldade é lidar com o computador, pergunte para alguém que entende disso, se você tem dúvida jurídica pergunte para uma advogado. Ninguém é obrigado a saber de tudo, aliás tenha dúvidas sobre alguém que saiba tudo, mas não tenha vergonha de pedir ajuda ou de delegar algo para alguém que possa te ajudar.

Kawis: Para finalizar, a pergunta que não se deve calar: Qual o seu sonho?

Ana Maria Brum: #EuTenhoUmSonho que todo mundo tenha mais espaço para fazer a sua marca crescer. Eu tenho um sonho de que as mulheres consigam se sentir mais a vontade com os próprios corpos sem depender de nenhuma pressão estética e possam se vestir em paz: uma regata no calor, um biquíni na praia ou uma roupa que a revista diz nós não podemos vestir, seja por sermos baixinhas demais ou por ser gordinhas demais. Tenho um sonho que as pessoas consigam enxergar os seus estilos e trabalhar essa autoestima.

Escrito por: Vanessa Fontes

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